Concessão privatista do saneamento e a incidência da Covid-19 em favelas do Rio de Janeiro
Palavras-chave:
Incidência. Covid-19. Abastecimento de água. Saneamento. Áreas de pobreza.Resumo
O objetivo foi avaliar a relação espacial dos indicadores de saneamento (acesso à água e ao esgoto), considerando a modelagem da concessão da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (CEDAE), e a relação com a Incidência da Covid-19 nos bairros com e sem áreas de favelas. Os dados de casos confirmados de Covid-19 analisados foram obtidos no Painel Saúde do Rio de Janeiro. Foi considerado o fracionamento do município em quatro blocos regionais. Nos 163 bairros da cidade, a taxa de incidência média foi de 9,78 casos/1.000 hab.. O bairro com maior taxa de incidência (40,67 casos / 1.000 hab.) foi o de Bonsucesso, apresentado no bloco 4. Em seguida, as maiores taxas de incidência (casos/1.000 hab) foram na Gávea (39,49), Camorim (32,49), Jardim Sulacap (13,12). E as menores taxas de incidência foram no Complexo do Alemão (0,17), Vila Kennedy (1,12), Rocinha (4,14) e Cidade de Deus (6,25). Destaque-se que os bairros que apresentaram as menores taxa de incidência foram bairros com predominância de domicílios informais, em aglomerados subnormais (favelas), com baixa cobertura de saneamento. Portanto, as regiões mais carentes de saneamento são as mais vulneráveis e menos conhecidas quanto ao aspecto epidemiológico da pandemia.
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