Acesso ao cuidado na Atenção Primária à Saúde brasileira: situação, problemas e estratégias de superação

Autores

  • Charles Dalcanale Tesser Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) https://orcid.org/0000-0003-0650-8289
  • Armando Henrique Norman Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Tiago Barra Vidal Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde. Acesso aos serviços de saúde. Sistema Único de Saúde.

Resumo

Sistemas de saúde universais orientados pela Atenção Primária à Saúde (APS) apresentam melhores  resultados para a população. Este artigo apresenta a  situação do acesso ao cuidado na APS brasileira, seus  problemas, desafios e estratégias para sua superação. Realizou-se uma revisão narrativa, incluindo estudos  quali e quantitativos. O acesso na APS aumentou com a expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF), mas  ainda permanece insuficiente. As principais barreiras  ao acesso incluem:  subdimensionamento/subfinanciamento da APS,  excesso de usuários vinculados às equipes da ESF,  número reduzido de Médicos de Família e  Comunidade (MFC), com pouca interiorização/fixação, burocratização e problemas funcionais dos serviços,  como rigidez nos agendamentos e priorização de  grupos específicos (hipertensos, puericultura etc.).  Para melhorar o acesso, é necessário aumentar o  investimento federal na ESF, priorizando-a e  expandindo-a, reduzir os usuários vinculados às  equipes, ampliar a formação médica em MFC,  explorar a clínica da enfermagem, diversificar os  meios de comunicação com usuários, explorar a  cogestão da equipe e flexibilizar as agendas dos profissionais. Conclui-se que, para fortalecer a APS, é  estratégico estimular o acesso na ESF vinculado ao  cuidado longitudinal.

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Publicado

2023-06-12

Como Citar

1.
Tesser CD, Norman AH, Vidal TB. Acesso ao cuidado na Atenção Primária à Saúde brasileira: situação, problemas e estratégias de superação. Saúde debate [Internet]. 12º de junho de 2023 [citado 5º de fevereiro de 2025];42(especial 1 set):361-78. Disponível em: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/561