Processos de encaminhamento a serviços especializados em cardiologia e endocrinologia pela Atenção Primária à Saúde
Palavras-chave:
Saúde Coletiva. Doenças Cardiovasculares. Diabetes mellitus. Protocolos. Encaminhamento e Consulta.Resumo
Este estudo objetivou analisar encaminhamentos de pessoas a serviços de Cardiologia e Endocrinologia pelos médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) de um município do Rio Grande do Sul. Estudo transversal com questionários a 25 médicos da APS, dois cardiologistas, dois endocrinologistas e um médico regulador. A análise estatística foi realizada no SPSS, sendo as variáveis contínuas apresentadas como média ou mediana e as variáveis categóricas como frequência absoluta e relativa. Entre os médicos da APS, 96% conhecem, 84% utilizam protocolos de encaminhamento e 92% encaminham os pacientes principalmente para manejo de doenças complicadas que necessitam avaliação do especialista. Dentre os especialistas, 50% conhecem os protocolos e todos apontam que o principal motivo de encaminhamentos para eles ocorre devido a condições crônicas prevalentes mal controladas na APS, sendo considerados pelos endocrinologistas como mal indicados. O médico regulador avalia que a maioria dos documentos de encaminhamento são incompletos e não permitem verificar a gravidade do problema. Conclui-se que os protocolos de encaminhamento não estão sendo utilizados de forma a otimizar os fluxos dos usuários na rede de atenção à saúde, indicando a necessidade de revisão de processos de trabalho, capacitação dos profissionais e articulação entre APS, regulação e atenção especializada.
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