O que pode o Sistema Único de Saúde em tempos de necropolítica neoliberal?
Palavras-chave:
Sistema Único de Saúde. Capitalismo. Política.Resumo
Na redemocratização do Brasil, “nós, o povo”, nos comprometemos com a cidadania que se materializou na Constituição Federal de 1988. A Constituição Cidadã, refletindo a sinergia entre trabalhadores da saúde e necessidades da população, garantiu o direito à saúde vinculado à universalidade, integralidade e equidade. Desde então experimentamos ataques crescentes do capital ao projeto ético-político que funda o Sistema Único de Saúde e a percepção estigmatizante que têm dele algumas fatias da sociedade.
Com os investimentos da racionalidade necropolítica neoliberal em ser corpus teórico central da organização da sociedade e do Estado, assistimos a expansão da precariedade com ataques às políticas de seguridade social e inclusão da diversidade. Tal agenda se expressa no SUS, principalmente, pelo congelamento dos investimentos sociais e a destinação de recursos para ações que contrariam a autonomia dos sujeitos.
Considerando os ataques hodiernos ao SUS e ao próprio papel do Estado, nos perguntamos: como resistir? Nossa aposta é que (re)tomemos o diálogo entre “nós, o povo” para que construamos um movimento radical em defesa de “uma vida possível de ser vivida” para todos. O SUS tem e terá um papel estratégico, pois continua sendo reconhecido como fundamental na garantia da vida e da equidade.
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