Medicamentos de Alto Custo: definições presentes na produção científica e acadêmica brasileira sobre judicialização em saúde

Autores/as

  • Rosângela Caetano Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Instituto de Medicina Social (IMS) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1480-2453
  • Ione Ayala Gualandi de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Instituto de Medicina Social (IMS) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4920-4843
  • Lívia Mattos Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5396-2663
  • Patrícia Krauze Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9554-4451
  • Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4875-7216

Palabras clave:

Preparações farmacêuticas, Judicialização em saúde, Tecnologia de alto custo, Assistência farmacêutica, Revisão

Resumen

O estudo objetivou identificar as definições e compreensões existentes sobre Medicamentos de Alto Custo (MAC) na produção científica e acadêmica brasileira relacionada à judicialização de medicamentos. A revisão de escopo seguiu a metodologia proposta pelo Joanna Briggs Institute. As bases bibliográficas Medline, Embase, Lilacs, Web of Science e Scopus, e a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações foram pesquisadas em busca de estudos empíricos relacionados à judicialização de medicamentos que incluíssem MAC, publicadas ou defendidas no período de 2005-2022. Foram incluídos 62 artigos científicos e 66 dissertações e teses. Definições explícitas de MAC foram muito pouco frequentes nos estudos incluídos e estavam presentes em apenas 19,1% dos artigos e 15,2% dos produtos acadêmicos. Núcleos de significado mais presentes estavam relacionados ao alto custo unitário do medicamento ou medicamentos com valor total de tratamento elevado, decorrentes da cronicidade da doença, produzindo impacto financeiro no orçamento familiar. Outras relações de sentido foram: medicamentos ‘novos’, sem registro sanitário no País, fora das listas de financiamento, com foco em doenças raras e genéticas ou com especificidades relativas à sua aquisição e dispensação. A imprecisão conceitual identificada dificulta uma visão mais clara da importância desse grupo no cenário da judicialização de medicamentos no Brasil.

Publicado

2025-02-07

Cómo citar

1.
Caetano R, Oliveira IAG de, Mattos L, Krauze P, Osorio-de-Castro CGS. Medicamentos de Alto Custo: definições presentes na produção científica e acadêmica brasileira sobre judicialização em saúde. Saúde debate [Internet]. 7 de febrero de 2025 [citado 14 de marzo de 2025];49(144). Disponible en: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/9329