Percepção de profissionais da saúde e da educação sobre o Programa Saúde na Escola

Autores

  • Juliane Gonçallo Baroni Prefeitura Municipal de Santos
  • Carla Cilene Baptista da Silva Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) https://orcid.org/0000-0001-9250-6065

Palavras-chave:

Política de saúde. Serviços de saúde escolar. Atenção à saúde. Proteção social em saúde. Colaboração intersetorial.

Resumo

Este artigo consiste em um estudo de caso que buscou conhecer as percepções de profissionais da saúde e da educação sobre  as ações do Programa Saúde na Escola  (PSE) de um território periférico da Baixada  Santista-SP. Foram entrevistadas três  orientadoras educacionais de duas escolas,  uma articuladora do PSE, uma  acompanhante terapêutica, uma psicóloga,  duas enfermeiras e uma agente  comunitária de saúde. Após as transcrições  das entrevistas, os textos foram submetidos à análise lexográfica e à  classificação hierárquica descendente no software  IRaMuTeQ-R, e, posteriormente, analisados  com base nos referenciais teóricos sobre o  PSE, a saúde escolar e a intersetorialidade.  Os resultados demonstraram que as ações  do PSE se concentram na reunião de  matriciamento, nos encaminhamentos,  verificação vacinal, saúde bucal e saúde  ocular. Há escassez de formação contínua,  desconhecimento sobre política do PSE e excesso de trabalho. Tais fatores parecem  comprometer a contemplação dos objetivos do programa propostos na política, que,  atravessado pela pandemia, intensificou os  desafios enfrentados. Há um potencial a ser explorado pelo encontro saúde e  educação, mas desafios envolvendo os setores, a  lógica tradicional de gerenciamento, a  abordagem biológica e a participação social precisam ser superados para avançar rumo  às propostas intersetoriais de Promoção da  Saúde e bem-estar.

Publicado

2023-06-27

Como Citar

1.
Baroni JG, Silva CCB da. Percepção de profissionais da saúde e da educação sobre o Programa Saúde na Escola. Saúde debate [Internet]. 27º de junho de 2023 [citado 14º de março de 2025];46(especial 3 nov):103-15. Disponível em: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/7581