O conflito como manifestação da dimensão política dos enfermeiros na implementação do PMAQ-AB
Palabras clave:
Atenção Primária à Saúde. Enfermagem em saúde comunitária. Gestão em saúde. Sistema Único de Saúde. Política de saúde.Resumen
Neste estudo considera-se como dimensão política a relação que os trabalhadores estabelecem com a gestão pública em saúde e seus desdobramentos no trabalho na Atenção Básica (AB) nas modalidades de organização da AB. Objetiva-se discutir o conflito entre enfermeiros da AB e gestão municipal em torno da contratualização e recontratualização do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) como manifestação da dimensão política. Trata-se de Estudo de Caso instrumental e qualitativo alicerçado na Análise de Discurso de matriz francesa. O corpus constituiu-se por entrevistas semiestruturadas com 08 enfermeiros, informantes-chaves da AB municipal de Ribeirão Preto-SP e documentos de planejamento de cinco quadriênios de gestão. Observa-se uma transição incompleta do modelo de AB, mais como mistura do que transição, com uma implantação incipiente da Estratégia Saúde da Família. Fica claro que a relação entre enfermeiros e gestão não é de confiança, nem de corresponsabilidade. Não há a perspectiva de participação nos processos de decisão relativos ao PMAQ, cuja condução privilegiou os aspectos burocráticos esvaziando a política de avaliação de sentido para os trabalhadores. Apesar de responsabilizarem a gestão, os enfermeiros se limitam a formas de resistência pontuais, num contexto de ausência de negociação coletiva.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Saúde em Debate

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.