O corpo da criança como receptáculo da violência física: análise dos dados epidemiológicos do Viva/Sinan

Autores/as

Palabras clave:

Violência na família. Maus-tratos. Violência contra criança. Sistemas de informação em saúde. Epidemiologia descritiva.

Resumen

A alta incidência da violência física contra a criança e o adolescente no Brasil aponta a necessidade urgente de elaboração de políticas públicas para enfrentar e  prevenir esse problema. Objetivou-se estudar o perfil  da violência física doméstica contra a criança e o  adolescente no Brasil e regiões, no período de 2009 a  2019. Estudo descritivo, epidemiológico, baseado em  dados secundários obtidos no Sistema de Informação  de Agravos de Notificação (Sinan-NET) e sistema  TabWin. A maior taxa de violência física doméstica se  refere a meninas de 10 a 14 anos (248 por 100 mil  habitantes). Em relação a crianças e adolescentes do  sexo masculino, a faixa etária com maior taxa de  violência física é de zero a 4 a anos (232 por 100 mil  habitantes). A população indígena possui as maiores  taxas de violência em todas as regiões. Pai e mãe são  os agressores mais frequentes (41,13% e 39,84%  respectivamente). Meninos são mais suscetíveis à  violência física doméstica na infância, e meninas, na  adolescência. A faixa etária mais acometida por  violência física doméstica é de zero a 4 anos, e as  raças mais acometidas são a indígena e a parda. Na  maior parte das vezes, a violência aconteceu dentro  de casa.

Publicado

2023-06-02

Cómo citar

1.
Riba AC, Zioni F. O corpo da criança como receptáculo da violência física: análise dos dados epidemiológicos do Viva/Sinan. Saúde debate [Internet]. 2 de junio de 2023 [citado 14 de marzo de 2025];46(especial 5 dez):193-207. Disponible en: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/7750