O aparente paradoxo da saúde nas eleições estadunidenses de 2016: caminhos para a luta por direitos sociais

Autores

  • Andre Teixeira Jacobina Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Palavras-chave:

Direito à saúde. Política de saúde. Reforma dos serviços de saúde.

Resumo

O artigo buscou analisar as razões para o aparente paradoxo nas eleições nos Estados Unidos da América (EUA), em 2016, em torno do direito à saúde.  Enquanto pesquisas de opinião apontavam que a  maioria dos americanos era favorável a um sistema  universal financiado por um único pagador o Estado,  a população americana elegeu Donald Trump, que  prometeu, durante a campanha, acabar com o  chamado Obamacare (Affortable Care Act). O objetivo deste trabalho foi analisar as eleições de 2016 nos  EUA no que tange ao debate em torno do direito à  saúde, destacando o significado das três principais  candidaturas, Hillary Clinton, Bernie Sanders e Donald  Trump. Utilizaram-se jornais digitais, articulando as  narrativas da campanha dos candidatos com notícias relevantes em relação ao Obamacare e ao direito à  saúde. Os resultados sinalizam que, apesar da popularidade de Sanders, que defende o Direito  universal à saúde, o Partido Democrata e sua ala corporativa apoiaram Hillary, devido aos seus vínculos com o grande capital. Com isso, uma nova direita  ultranacionalista, populista, conseguiu o poder; e  ameaça trazer uma forma de protofascismo  americano para o cenário político, no qual se  apresenta um retrocesso na luta pelos direitos sociais, inclusive o direito à saúde. 

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Publicado

2023-06-02

Como Citar

1.
Jacobina AT. O aparente paradoxo da saúde nas eleições estadunidenses de 2016: caminhos para a luta por direitos sociais. Saúde debate [Internet]. 2º de junho de 2023 [citado 5º de fevereiro de 2025];42(especial 2 out):22-36. Disponível em: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/943