Disparidades sociodemográficas no câncer colorretal no Brasil, 1990-2019

Autores

  • Anelise Camila Schaedler Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública (PPGMTSP) – Goiânia (GO), Brasil. https://orcid.org/0009-0004-8477-1626
  • Guilherme Augusto Veloso Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto de Matemática e Estatística (IME) – Niterói https://orcid.org/0000-0002-5348-3793
  • Betine Pinto Moehlecke Iser Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), Programa de PósGraduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – Tubarão (SC), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6061-2541
  • Deborah Carvalho Malta Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Escola de Enfermagem (EE), Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) – Belo Horizonte (MG), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8214-5734
  • Maria Paula Curado A. C. Camargo Cancer Center (ACCC), Programa de Pós-Graduação em Oncologia (PPGO) – São Paulo (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8172-2483
  • Max Moura de Oliveira Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública (PPGMTSP) – Goiânia (GO), Brasil https://orcid.org/0000-0002-0804-5145

Palavras-chave:

Câncer colorretal, epidemiologia analítica, fatores socioeconômicos, estudos ecológicos, Carga Global da Doença

Resumo

No mundo, o câncer colorretal apresenta altas taxas de incidência e mortalidade, com diferenças segundo nível de desenvolvimento sociodemográfico. O objetivo foi analisar as disparidades sociodemográficas do câncer colorretal na população brasileira com 30 anos ou mais. Trata-se de estudo de série temporal da incidência, mortalidade, Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (Disability Adjusted Life Years – DALY) e prevalência, segundo sexo, no Brasil e nas Unidades da Federação (UF) de 1990 a 2019. A tendência foi estimada pela regressão de Joinpoint, e o índice sociodemográfico (SDI – Socio-Demographic Index) foi utilizado na análise de correlação. Os dados analisados foram estimados pelo Global Burden of Diseases Study 19. No Brasil e nas UF, as maiores taxas dos indicadores foram observadas no sexo masculino, com tendência de aumento em ambos os sexos. Houve associação positiva entre o SDI e todos os indicadores analisados, exceto para DALY em homens. As diferenças nas taxas e tendências entre as UF parecem refletir os processos de desenvolvimento do País, tais como urbanização e industrialização, em que as UF mais desenvolvidas possuem taxas elevadas com tendências de estabilidade, e as UF em desenvolvimento, com comportamento inverso, sugerindo melhorias de acesso aos serviços de saúde e diagnósticos.

Publicado

2024-12-19

Como Citar

1.
Schaedler AC, Veloso GA, Iser BPM, Malta DC, Curado MP, Oliveira MM de. Disparidades sociodemográficas no câncer colorretal no Brasil, 1990-2019. Saúde debate [Internet]. 19º de dezembro de 2024 [citado 22º de dezembro de 2024];48(143). Disponível em: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/8880

Edição

Seção

Artigo Original