Relação entre território e residência em saúde: uma possibilidade de experiência decolonial?

Autores

Palavras-chave:

Epistemologias. População rural. Território. Residência. Saúde.

Resumo

A presença da residência em saúde no território pode contribuir para decolonizar a Academia? Este artigo  visa refletir sobre a possibilidade de decolonização  dos processos de construção do conhecimento nas  instituições de ensino, pesquisa e extensão por meio  da presença de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família com ênfase em  Saúde da População do Campo no território. Trata-se de um relato de experiência, com base  epistemológica das teorias pós-coloniais e  decoloniais, em especial, a Pedagogia do Território. O  estudo refere-se à intersecção da formação  interdisciplinar e multiprofissional na ótica da relação  território e saúde a partir da realidade da comunidade quilombola de Estivas, localizada na zona rural do  município de Garanhuns, região agreste de  Pernambuco. Conclui-se que a residência multiprofissional como instituidora de espaços  coletivos possibilita um novo olhar para o território, a comunidade e o profissional da saúde, a fim de  desenvolver suas ações pautadas na  interdisciplinaridade e na educação popular como  uma práxis. Permite ainda compreender outros modos de produzir saúde, estimulando não só a  transformação na comunidade e do profissional de  saúde, mas sobretudo da sociedade, sendo, portanto,  um espaço potente no contributo para a  decolonização da Academia.

Publicado

2023-06-01

Como Citar

1.
Araujo JM, Costa KAO da, Silva FCCM, Gervais AMD. Relação entre território e residência em saúde: uma possibilidade de experiência decolonial?. Saúde debate [Internet]. 1º de junho de 2023 [citado 22º de dezembro de 2024];46(especial 6 dez):196-20. Disponível em: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/6590