Interprofissionalidade e interdisciplinaridade em saúde: reflexões sobre resistências a partir de conceitos da Análise Institucional

Autores

  • Carla Aparecida Spagnol Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) https://orcid.org/0000-0003-1588-2109
  • Regiane Prado Ribeiro Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) https://orcid.org/0000-0002-9863-0101
  • Maralu Gonzaga de Freitas Araújo Faculdade FUMEC
  • Wesley Vieira Andrade Secretaria Municipal de Saúde
  • Richardson Warley Siqueira Luzia Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) https://orcid.org/0000-0002-8463-0784
  • Cintia Ribeiro Santos Hospital Maternidade Sofia Feldman
  • Daniel Vannucci Dóbies Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) https://orcid.org/0000-0001-5583-1109
  • Solange L’Abbate Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Palavras-chave:

Gestão em saúde. Prática profissional. Equipe de assistência ao paciente. Práticas interdisciplinares. Capacitação de recursos humanos em saúde.

Resumo

O objetivo deste estudo foi relatar a experiência dos alunos do mestrado profissional em gestão de serviços de saúde acerca da utilização de conceitos da Análise Institucional, para analisar as resistências ao trabalho interprofissional e interdisciplinar na saúde,  localizando-as como um analisador do processo e das relações de trabalho. O estudo foi elaborado a partir  da vivência e da análise dos diários institucionais,  escritos pelos alunos e analisados com base no  referencial teórico da Análise Institucional. Observou- se que a resistência ao trabalho interprofissional e  interdisciplinar, principalmente por parte dos  médicos, atravessa as organizações de saúde, as  relações de trabalho e a assistência aos usuários.  Entretanto, essa resistência também é exercida por  outros profissionais e pelos usuários, o que limita a  interdisciplinaridade e a integralidade da assistência à  saúde. Todavia, se, por um lado, ainda, há certa  predominância do modelo biomédico, por outro,  também se observam resistências a esse modelo nas  organizações de saúde, necessitando ampliar os  espaços de análise coletiva capazes de enunciar o  reducionismo desse paradigma. Conclui-se que  analisar coletivamente essas resistências possibilita  aos profissionais da saúde ampliar as condições de  sair de seus lugares instituídos e perceber os  movimentos instituintes nos serviços em que atuam.

Publicado

2023-06-01

Como Citar

1.
Spagnol CA, Ribeiro RP, Araújo MG de F, Andrade WV, Luzia RWS, Santos CR, et al. Interprofissionalidade e interdisciplinaridade em saúde: reflexões sobre resistências a partir de conceitos da Análise Institucional. Saúde debate [Internet]. 1º de junho de 2023 [citado 22º de dezembro de 2024];46(especial 6 dez):185-9. Disponível em: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/6327