Bases e horizontes teórico-metodológicos para Promoção da Saúde e resistência camponesa: um exemplo em Lavras-MG
Palavras-chave:
Promoção da saúde. Trabalhadores rurais. Salutogênese. Agroecologia.Resumo
O agronegócio vem historicamente promovendo a submissão da produção, economia e vida das famílias camponesas, gerando graves danos sanitários a essa parcela da população brasileira. No entanto, a resistência do campesinato frente a esse secular processo evidencia que a organização das famílias e comunidades camponesas e o resgate participativo dos conhecimentos agroecológicos locais podem fundamentar estratégias de Promoção da Saúde que busquem mudanças concretas nesse contexto sanitário vulnerável. O objetivo deste trabalho é analisar pilares que fundamentaram o processo capitalista de submissão camponesa no Brasil e também abordagens teórico-pratico-epistemológicas que permitem sua superação. Para isto, são apresentados tanto referenciais para pesquisas e ações que subsidiem famílias e comunidades camponesas num processo social de autorreconhecimento, autovalorização e utilização dos seus conhecimentos e suas práticas para uma transição agroecológica emancipatória, quanto a experiência de Promoção da Saúde desenvolvida por meio desses referenciais em Lavras-MG. A estrutura metodológica participativa apresentada permitiu o desenvolvimento, nesse município, dos passos iniciais e fundamentais de um processo social de organização camponesa em torno de seu modo de vida e economia, tendo a Agroecologia como fator determinante para a saúde e para a construção de um contexto mais justo, favorável e promissor.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Saúde em Debate
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.