América Latina: progressismo, retrocesso e resistência

Autores

  • Igor Fuser Universidade Federal do ABC (UFABC)

Palavras-chave:

América Latina. Política. Governo.

Resumo

O artigo examinou a crise dos chamados ‘governos progressistas’ latino-americanos como parte de um processo político regional em que as elites dominantes locais se aliam aos Estados Unidos em uma ofensiva política para bloquear o acesso de forças de esquerda ao Poder Executivo em toda a região. Argumenta-se que governos tão díspares quanto os de Lula no Brasil, de Chávez na Venezuela, de Morales na Bolívia e do casal Kirchner na Argentina, entre outros, possuem fortes traços em comum, entre os quais: o fortalecimento do papel do Estado na economia, a ênfase nas políticas sociais e a busca de maior autonomia externa. Esses projetos se mantiveram por sucessivos mandatos presidenciais e proporcionaram avanços sociais significativos, mas terminaram por entrar em crise, em um processo atribuído, em parte, tanto às limitações inerentes a essa opção política quanto às pressões do imperialismo estadunidense e seus aliados. Ao final, descarta-se a noção de ‘fim de ciclo’ e aponta-se a dificuldade de consolidação de projetos liberais-conservadores como alternativa às experiências progressistas na região.

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Publicado

2023-05-28

Como Citar

1.
Fuser I. América Latina: progressismo, retrocesso e resistência. Saúde debate [Internet]. 28º de maio de 2023 [citado 4º de dezembro de 2024];42(especial 3 nov):78-89. Disponível em: https://saudeemdebate.emnuvens.com.br/sed/article/view/1277